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Inteligência Artificial no HC

One Laudos • Feb 19, 2024

Sempre é bom saber de notícias em que tecnologia e medicina se unem para facilitar o acesso da população a um diagnóstico. Na semana passada, o InovaHC, o núcleo de inovação tecnológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, e a Amazon Web Services (AWS) firmaram um acordo inédito que marcará um grande avanço na saúde pública: a criação do Laboratório de IA Generativa.


Este laboratório será um ambiente interdisciplinar que reunirá pesquisadores, estudantes e empreendedores, todos com um objetivo comum: explorar aplicativos inovadores, desenvolver soluções impactantes e coordenar pesquisas de ponta. O foco? Trazer mais eficiência aos processos diagnósticos na saúde pública.


O primeiro projeto apresentado é o GAL (Gerador Adaptativo de Laudos), que representa uma transformação significativa na criação de laudos radiológicos. Esta ferramenta pioneira permite a estruturação automática de laudos, levando em consideração o histórico do paciente de maneira ágil e precisa. A primeira fase do GAL envolve o uso de modelos de linguagem para construir um sumário com informações do paciente relevantes para um determinado exame.


Com a aplicação do GAL, esperamos uma redução significativa no tempo gasto pelo radiologista no acesso às informações necessárias para analisar as imagens, trazendo mais eficiência ao processo de entrega do diagnóstico. No caso do HC o impacto deve ser enorme, já que o hospital é responsável por atender cerca de 1 milhão de pacientes por ano*.


Do ponto de vista do paciente, esse tipo de IA tem ainda mais um benefício: ele ajuda no entendimento deste diagnóstico, pois simplifica a linguagem para que pessoas que não são da área da saúde possam compreender com mais facilidade.

Tecnologia a serviço da medicina é isso: soluções práticas que impactem positivamente a área da saúde.

 

*Dados da revista Medicina S/A


Por One Laudos 16 mai., 2024
A Neuralink não está sozinha na pesquisa e no desenvolvimento dos chamados dispositivos de interface cérebro-computador (BCI), popularmente conhecidos como implantes cerebrais. Em abril, a Synchron Inc, cujos investidores incluem os empresários Jeff Bezos e Bill Gates, anunciou que está começando a recrutar pacientes para um ensaio clínico em grande escala. O registro para interessados pode ser feito online no site da Synchron e dezenas de participantes serão selecionados. A Synchron, com sede em Nova York, está mais adiantada no processo de testes do que a Neuralink e, assim como esta, pretende inicialmente ajudar pacientes paralisados a digitar em um computador usando dispositivos que interpretam sinais cerebrais. A companhia recebeu autorização dos Estados Unidos para testes preliminares em julho de 2021 e já implantou seu dispositivo em seis pacientes. Testes anteriores em quatro pacientes na Austrália não mostraram efeitos colaterais adversos graves, segundo a empresa, e permitiram que as pessoas digitassem uma média de 16 caracteres por minuto. Para a nova etapa do estudo, devem ser selecionados pacientes paralisados devido à doença neurodegenerativa ELA (esclerose lateral amiotrófica), AVC e esclerose múltipla, disse Oxley. Três universidades estão envolvidas na coleta e análise dos dados advindos dos implantes que já aconteceram: a Mount Sinai, o departamento de Neurocirurgia da University at Buffalo e o Centro Médico da University of Pittsburgh. A inovação maior da Synchron é que o dispositivo chega ao cérebro através de um procedimento endovascular minimamente invasivo, que o implanta na veia jugular, na superfície do córtex motor, em vez de ser implantado cirurgicamente como o Neuralink. Uma vez implantado, ele detecta e transmite a intenção motora para fora do cérebro, sem fio, permitindo que os pacientes controlem dispositivos pessoais com as mãos livres. O grande desafio deles agora é testar o implante em pacientes com AVC, pois o cérebro pode estar tão gravemente danificado a ponto de não existir sinalização neural suficiente para registrar. “Eles querem expandir o mercado para pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral grave o suficiente para causar paralisia porque, se limitado à tetraplegia, o mercado é pequeno demais para ser sustentável”, disse Kip Ludwig, ex-diretor do programa de engenharia neural dos Institutos Nacionais dos Estados Unidos.
Por One Laudos 21 mar., 2024
Acompanhando a cobertura do SXSW, um dos maiores eventos de inovação do mundo, que aconteceu em Austin, nos Estados Unidos, e soube que a Vertex, uma grande companhia da indústria farmacêutica sediada nos EUA e na Inglaterra, recebeu em dezembro licença para iniciar a fase de testes de seus tratamentos de edição genética. Isso é um passo gigante para a Medicina porque esse tipo de tratamento tem o poder de modificar o DNA humano e, com isso, curar doenças até então incuráveis. Entre essas condições, estão as doenças raras, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. O potencial disso é imenso. As doenças raras, muitas vezes negligenciadas pela pesquisa médica devido à sua baixa prevalência, podem ser devastadoras para os pacientes e suas famílias. Essas condições frequentemente têm origem genética e podem afetar qualquer sistema do corpo, resultando em sintomas debilitantes e, em alguns casos, morte prematura. Devido à sua raridade, os tratamentos convencionais muitas vezes não estão disponíveis, deixando os pacientes com poucas opções. É aí que entra a edição genética. Uma das ferramentas mais conhecidas e poderosas nesse campo é a CRISPR-Cas9, que atua como uma espécie de tesoura, cortando sequências específicas de DNA e permitindo a correção de mutações genéticas associadas a doenças. A terapia genética está sendo usada ainda para tratar distúrbios como a anemia falciforme, a fibrose cística, a doença de Huntington e a distrofia muscular de Duchenne, corrigindo os genes defeituosos e restaurando a função celular normal. Não por acaso a notícia da Vertex causou tanto impacto no SXSW. Ela agora tem aprovação regulamentar para curar a anemia falciforme, potencialmente fatal, e a talassemia beta. Juntas, as doenças que geralmente ocorrem por um defeito ou mutação genética, têm o poder de alterar a hemoglobina, proteína responsável por conduzir o oxigênio dentro do corpo humano. Mal posso esperar para ver o que vem por aí. Foto de Warren Umoh na Unsplash
Por One Laudos 13 mar., 2024
Estudos apresentados no ano passado mostram novas funções importantíssimas para o exame de ultrassom, por exemplo. O ultrassom transcraniano se mostrou uma ferramenta promissora para reduzir o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante a endarterectomia carotídea, uma intervenção cirúrgica realizada para remover o acúmulo de placas de gordura nas artérias carótidas, responsáveis por fornecer sangue ao cérebro. O problema é que durante a cirurgia, placas carotídeas podem se romper, causando embolias e levando a coágulos que podem bloquear vasos sanguíneos cerebrais. Mas o ultrassom transcraniano mitiga esta questão. Ele é usado para fornecer imagens em tempo real do fluxo sanguíneo no cérebro. Durante a endarterectomia carotídea, os cirurgiões podem utilizá-lo para monitorar continuamente a presença de microêmbolos e ajustar a abordagem cirúrgica conforme necessário. Eles evitam, assim, complicações, promovem uma recuperação mais rápida e reduzem as complicações pós-operatórias. Sem contar que esta descoberta destaca a importância da colaboração entre profissionais de diferentes áreas para impulsionar inovações na Medicina. Outra novidade superinteressante é a combinação de ultrassom no pescoço e inteligência artificial, que está abrindo novos horizontes na identificação precoce de riscos cardiovasculares. Os problemas cardiovasculares, incluindo o risco de infarto, continuam sendo uma das principais preocupações de saúde em todo o mundo. Identificar fatores de risco precocemente é crucial para prevenir eventos cardíacos graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O ultrassom no pescoço, também conhecido como ultrassonografia vascular, é uma técnica não invasiva que permite visualizar as artérias carótidas. Essas artérias desempenham um papel vital no fornecimento de sangue ao cérebro. Ao examinarmos as condições dessas artérias, podemos identificar o acúmulo de placas de gordura e a espessura das paredes arteriais, fornecendo informações cruciais sobre o estado da saúde cardiovascular. A principal novidade nessa história, porém, é o uso da inteligência artificial para aprimorar a análise dos dados obtidos por meio do ultrassom. Algoritmos avançados são treinados para identificar padrões sutis que podem indicar riscos cardiovasculares. Essa capacidade de processamento de dados em larga escala permite uma análise mais rápida e precisa, contribuindo para a detecção precoce de condições que poderiam levar a um infarto. No mínimo, promissor, concordam? Foto: Essa imagem foi criada por meio de Inteligência Artificial Texto: Dr. A ugusto Romão
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